Ao longo dos séculos, uma vaquinha pastando feliz da vida, tendo a seu a lado um bezerrinho rechonchudo, num pasto viçoso era a própria imagem da vida simples e bem aventurada do campo, em perfeita harmonia com a natureza. Pelo jeito, isso já era, micou...Hoje, na fila do confessionário, encontrei minha amiga, Naja Maria, que me contou ter lido comentários de um tal de Thilo Bode (sic). Os comentários são de agosto/2008 .Pois bem - o senhor Bode é presidente de uma conceituada empresa alemã de proteção dos direitos do consumidor, a Foodwatch. Segundo Naja, o senhor Bode disse que "a vaca é uma bomba climática". Já imaginou semelhante coisa?
Fiquei com os olhos mais arregalados que os de Eva quando viram o "aquilo" do Adão pela primeira vez. Mas como? Além de pastar, fornecer carne, leite, couro que faz de tão ruim o pobre bichinho de Deus? Foi então que Naja Maria, sempre tão prestativa, me explicou que, de acordo com os comentários do senhor Bode, "independentemente de serem criadas de forma convencional ou orgânica, uma coisa que as vacas têm em comum é que arrotam e peidam sem contenção. Como todos os ruminantes, as vacas estão constantemente emitindo metano – um gás do efeito estufa que é 23 vezes mais poderoso do que o dióxido de carbono – por ambos os lados. Tão malcheirosas quanto as dos porcos, são as emissões gasosas de bilhões de bovinos, cabras e ovelhas que estão contribuindo para o aquecimento global". Quer dizer que a pobre vaquinha, aquela imagem de mansidão, pode acabar com o nosso planeta só pelo poder e força de seu arroto e peido?
Bem, se assim o é, que nós, pobres humanos, podemos fazer? Acho que o ideal seria acabar de vez com o consumo de qualquer tipo de carne - de boi, vaca, frango, galinha, porco, porca, bode, cabra, carneiro, cachorro, rato, gato, capivara, tatu, peru, javali, avestruz, etc. Isso seria a glória para os vegetarianos e os defensores dos direitos dos animais. No entanto, iria provocar uma reação inaudita por parte de donos de rebanhos e pastagens e os proprietários de grandes frigoríficos como a Swift , Armour, só para começar. É compreensível, porque o assunto envolve poderosos interesses e o principal deles é grana. E onde há grana envolvida, as pessoas são capazes de tudo - a história do homem tem fartamente comprovado isso. Além do quê, vai ser muito, muito difícil convencer zilhões de pessoas trocarem um suculento bife acebolado por um pratinho de tofu. Na Índia, e no Japão, talvez... Fico imaginando ambientalistas e vegetarianos radicais invadindo as pastagens, prendendo e matando a boiada e, por seu turno, os defensores dos direitos dos animais assassinando líderes dos vegetarianos e dos ambientalistas. E os ruralistas perseguindo e matando todos eles. Não estou enlouquecendo, não - atualmente se mata por muito menos que isso.
Uma outra tentativa de solução seria fornecer aos bovinos, ovinos e caprinos Sal de Fruta Eno e Luftal, logo após as refeições, para evitar a emissão daqueles gases tão maléficos e fedorentos. Mas, não sei não - não daria muito certo. Logo, a zona rural iria se transformar num mar de embalagens de Sal de Fruta e Luftal. Contudo,que tal amarrar ou colocar um saco coletor de gás metano, na boca e no ânus de bovinos, ovinos e caprinos, logo após as refeições? Pessoas seriam contratadas para executar tão nobre tarefa, não é? Isso geraria novos empregos, aumento de renda, o que seria uma dádiva com essa onda de desemprego. Após um certo período ,esses saquinhos seria coletados, colocados num caminhão e levados até um local onde seriam então, descartados de modo a não oferecer perigo ao ambiente. Porém, acho que não daria muito certo - já pensou dois caminhões carregados com milhões desses saquinhos, colidirem de frente e os saquinhos estourarem? Vai ser uma fedentina só ...Bem, pode-se colocar uma rolha bem na saída do gás fétido...porém, isso teria que ser muito bem pensando. Dependendo das circunstâncias, aumentariam muito os casos de trabalhadores rurais vítimas de traumatismo craniano, causado pelo impacto de rolhas. E tem mais - ovinos, bovinos e caprinos não são os únicos a emitirem metano após as refeições. Há outros animais que correm esse risco. Por exemplo, gambás, urubus, micos, saguis não me parecem estar fora dessa lista. Eles tem um cheirinho nada agradável, diga-se de passagem. Você já experimentou aspirar o odor de um sovaco de sagui? E o que fazer com os grandes quadrúpedes ou bípedes como girafas, rinocerontes, hipopótamos, elefantes, avestruzes, cavalos, burros, zebras, etc? Se esses animais arrotam e peidam, então, o problema é bem mais sério, não é mesmo?
Como se pode ver, o problema ambiental é complexo, muito mais complexo que encontrar alguma coisa em bolsa de mulher. Desde o dia em que o homem cortou o primeiro galho de uma árvore, ou deu a primeira mordida num pedaço de carne alguém deveria ter alertado que tais hábitos poderiam, ao longo dos séculos, causarem transtornos, caso suas consequências não fossem bem analisadas. Isso não foi feito, somos humanos, não deuses.
Por hoje é só. Ah, antes que me esqueça - se descobrirem que baleias arrotam e peidam, pelo amor de Deus, me avisem. Já pensou, milhares de baleias, ao longo da costa brasileira, arrotando e peidando vinte e quatro horas por dia? Em uma semana o mundo irá pras cucuias.
Obs.: os comentários do Sr. Thilo Bode estão em http://www.ecodebate.com.br/2008/08/29/a-carne-bovina-contribui-para-o-aquecimento-global/
A ministra Dilma Rousseff recentemente apareceu para o público, sem aquela peruca horrorosa, que comprou e usou, logo após descoberta de seu linfoma. Onde ela encontrou aquilo não tenho a mínima idéia - será que foi nas Daslu? Sei lá, essa gente paga uma fortuna para aparecer mal arrumada.
O négócio é que dona Dilma, sem peruca,ficou pior. Vera Coral comentou que o penteado adotado era muito parecido com aquele que o Peter Ustinov usou, quando fez o papel de Nero no filme "Quo Vadis". Atenção, gente - falo do imperador romano Nero, sucessor de Claudio e não de Nero, aquele famoso software de reprodução e gravação de sons e imagens. Pra quem não viu - bem, o filme é de l951, quem viu na época do lançamento deve estar com pelo menos 66 anos. Há uma probabilidade muito grande de pouquíssimos leitores deste blog terem visto a película, a não ser aqueles que foram arrastados para o cinema, motivados pelos sentimentos religiosos de pais ou irmãos. Eu fui um deles - quase apanhei porque não queria ir. Preferia mil vêzes, Nyoka, a rainha das selvas,a ver a cara do Peter Ustinov, que na época me assustava. Ah, sim, o penteado da Dilma, pós-quimioterapia - cabelos curtos, penteados na direção da testa e uma fileira enorme de "pega-rapaz", de orelha a orelha. O que é pega-rapaz - ai como é duro explicar essas coisas nos tempos do gel e da chapinha. Pega-rapaz é aquela coisa, ou melhor, aquela vírgula de cabelos, que o Bill Halley tinha na testa. Se você não entendeu como é o "nerôneo" penteado da ministra, é simples - visite a rede. A internet está repleta de celebridades usando aquelas vírgulas esquisitas, emoldurando o rosto. Adote o mesmo procedimento se você quiser saber o que é pega-rapaz. Na pesquisa, mencione Bill Halley e seus Cometas. No entanto, se você é da tchurma das "lan-houses", por economia de grana, acho melhor pedir para sua mãe ou tia mais velha, uma foto do tempo em que elas eram mocinhas. Você saberá então, o que é pega-rapaz e verá como elas eram ridículas.
Pra terminar - e essa estória da cura do linfoma - ninguém tá acreditanto muito, só que está todo o mundo de bico calado. Até onde se sabe, ninguém foi verificar se a possibilidade de uma cura, assim tão rápida, é possível nos casos de linfoma, independente do estágio de desenvolvimento. Naja Maria contou que a esposa de um dos cunhados de sua irmã tirou um dos seios, isso lá pelo final de 1959. A razão era o câncer de mama que se desenvolvera. Pois então - passados quase cincoenta anos, essa coisa das trevas, ressurgiu no outro seio. Pessoalmente, eu não acredito em milagres. No entanto, fatos recentes tem demonstado que na política tudo é possível - até a cura do câncer.
Não sei onde, mas estava escrito que ontem, véspera do Natal, eu iria pagar um pouco de meus pecados, indo lá pros lados da Vinte e Cinco de Março. E buscar a mesa que encomendara para montar o meu presépio, foi o pretexto escolhido pelo Destino. O nome do carpinteiro não era José, ainda bem, pois não me chamo Maria,nem Jesus...Levi, era o nome, algo de bíblico.
Quando lá cheguei, tive a impressão que o inferno deve passar uma sensação mais acolhedora - gente por todo o lado, gente com pacotes, sacolas, embrulhos. Gente de todos os tamanhos, pesos, cores. Um barulho insuportável, camelôs gritando no seu ouvido, pessoas gritando a seu lado, pacotes te empurrando de um lado para outro. O céu esplendorosamente azul, sem nuvens no céu, um calor de dar assadura em elefante. A COP 15 não teria sido o fracasso que foi, se tivesse sido realizada em São Paulo, Rio de Janeiro ou Cuiabá. Mas não, foram realizá-la em Copenhague, ambiente bem aquecido, os líderes todos bem agasalhados, no maior conforto, com todas as inclemências do clima controladas. Houvesse sido realizada no Rio ou em Cuiabá, com o sol do meio-dia estourando o ar refrigerado, pernilongos fazendo piquenique no seu pescoço, o resultado teria sido outro. Esse pessoal do Primeiro Mundo é assim - só muda quando a água bater na bunda.
Cheguei em casa, joguei tudo o que tinha no chão, as roupas e o estresse também e fui direto pro banho, o segundo do dia. Horas depois, montando o presépío, me lembrei das palavras eternas de Jesus, no "Sermão da Montanha" - "contemplai as aves do céu e olhai os lírios do campo. Eles não fiam e nem tecem, no entanto, nem Salomão no auge de seu esplendor, jamais se vestiu como um deles". TENHAM TODOS UM FELIZ NATAL.
Via no portal UOL, uma lista de queridinhos e queridinhas entre os gays ingleses - traduzindo - uma lista de personalidades mais queridas entre as comadres de Windsor.(De vez em quando, não dá para não ser políticamente incorreto). Entre os listados, reconheci entres eles, Oscar Wilde, Elton John, Freddy Mercury e entre elas, Marilyn Monroe, Madonna, Cher, Judy Garland.
Ou essa pesquisa foi realizada entre um público bem jovem, ou então, minha memória deve ser do tamanho de xoxota de formiga. Estou bege, porque, afinal de contas, 6 décadas e 6 anos de vida, não é tanto tempo assim.O Clóvis Bornay, quando virou purpurina, contava com umas nove décadas de calçada.
Antes que me me dêem o cetro de desmiolado (sem miolos, sem cérebro, sem memória...) sabem quem é essa gracinha da foto? Tá na cara que é Elke Maravilha - qualquer um com mais de 30 sabe disso e muito bem, além do mais, tá escrito no canto da foto. Porém, quantos e quantas sabem quem foi Luz Del Fuego? Elvira Pagã? Mazzaropi, Grande Otelo, Oscarito? E Yma Sumac - quantos dela se lembram? Sem mencionar Carmen Verônica - a rainha das caras e bocas, a abusada Coccineli, a Diacuí, o Cantinflas. E tudo isso há pouco mais de 50 anos. Credo, tô ficando velho, quero dizer mais velho - afinal, hoje é o meu natalício. Agora é que me caiu a ficha...
Madrugadinha de domingo, antes do Natal - eis que, após um longo e tenebroso inverno, regresso à casa, entre meia-noite e uma da manhã. Se tivesse voltado no velho e civilizado horário das 22 horas, teria sido poupado de mais uma visão constrangedora desses nossos tempos modernosos. Vamos aos fatos - entrei no prédio, apertei o botão do elevador. Alguns segundos depois, o dito cujo chega, sua porta se abre. Eis que sai a causa do constrangimento - a vizinha do andar, uma garotinha simpática, bonitinha, mas completamente sem senso de ridículo. (Ela é casada com carinha bem mais vellho que ela, de vez em quando eles dão cada barraco. Me perdoe, Vera Coral, cara amiga, mas não consegui me conter). Não sei onde ia com aqueles jeans, aqueles que quando a gente olha, pensa:"Deus é justo, mas o jeans é mais". Completando o modelito, um par botas até a altura dos joelhos, um top agarradíssimo, pulseironas e brincões. Os cabelos se fechavam num coque meio confuso, preso por uma dessas piranhas, daquelas compradas na feira. Usava óculos escuros, não sei como conseguia se orientar em meio àquela semi-escuridão. O visual todinho tinha um de quê de apiranhado.Sinceramente, mulheres e homens, hoje em dia, se vestem tão mal....E, como se não bastasse, uma bolsinha minúscula, a tiracolo. Coitadinha, ela não sabe, contudo, o que se diz é que quanto menor a bolsa, mais permissiva é a sua portadora. Lembrei-me de "Kika", de Pedro Almódovar, daquela cena do elevador. Duas amigas, saindo de manhã para o trabalho, se encontram no elevador do prédio. Uma delas, ao ver o modelito da outra, diz: "se eu não fosse sua amiga, perguntaria quanto está cobrando". Cheguei em casa, liguei a tevê e fui procurar um pouco de compensação vendo "Hei, Arnold"
Um dos meus amigos me encaminhou um email falando sobre a semana de conscientização respeito dos sofrimentos que os humanos inflingem aos animais. Falava o email da crueldade empregada na confecção de uma iguaria, o patê de foie gras, que parece que é coisa muito da fina. A bem da verdade, devo confessar que no meu curso ginasial ou colegial, não tive a graça de receber informações sobre como é produzido isso que parece ser um dos manjares dos deuses. Conversei com Naja Maria e ela me relatou que nada foi dito sobre a confecção do patê de foie gras, no Propedêutico que ela fez, quando interna no Colégio das Donzelinhas de Santa Terezinha do Menino Jesus. Bem, mesmo não sabendo como é feito o tal manjar, eu sei que fígado de ganso é uma coisa que não dá em árvores, ou brota nos campos, como brotam o carrapicho e a tiririca. Para ter o fígado na mão, você tem que matar o bicho. Meu amigo falou em crueldade, eu não sei como a coisa é feita - onde falta informação, resplandece a imaginação. Assim, acho que a tal da crueldade, na fabricação dessa iguaria finíssima, além de matar o bicho, seria arrancar o fígado dele ao som de "Oh, pedaço de mim", cantado em dueto pelo Chico Buarque e a Gal Costa. Pior ainda - arrancar o fígado, com a Vanusa cantando o Hino Nacional. Minha imaginação voou um pouquinho e vi outras coisas igualmente cruéis, a que poderiam ser submetidos esses gansinhos, antes de fazerem doação compulsória de seus fígados - coisas do tipo como: obrigar o gansinho a ser entrevistado no Progama do Jô ou no "Mais Você", da Ana Maria Braga.Rebolarem ao som de algum pagode ou dança da garrafa, passar uma tarde com uma mulher hortifruti (mulher melancia, repolho, jaca, etc), assistir à uma sessão de descarrego, participar de reality shows (BBB, Casa dos Artistas ou Mãe Joana, Fazenda, Rocinha), enfrentar fila de banco, pegar o metrô da Linha 2, na Estação Sé, estar na Marginal, dentro de um carro, em dia de temporal, fazer compras na 25 de Março, durante o período natalino, etc. Fecunda é a imaginação do homem quando o assunto é malvadeza.
Naja Maria chamou minha atenção para uma coisa - pelo que ela entendeu, somente os vertebrados estão incluídos na categoria de vítimas do sadismo do Homo Sapiens. E mesmo assim, somente os vertebrados que não nos causam espécie. Nada foi dito a respeito de ratos, cobras, morcegos, urubus, hienas, gambás, sapos e outros bichos nojentos e asquerosos. Quanto aos invertebrados - esquece. Nada, nada discorrendo sobre a violência impingida ás baratas, lesmas, piolhos, minhocas e carrapatos, por exemplo. Eu acho que ela tem razão. Até hoje, eu não vi nenhuma ongue se revoltando contra a violência a que é submetida essa classe de animais - o uso de ratoeiras e venenos, chineladas, esmagamento por solas ou salto de sapatos ou junção de polegares, queimaduras por água fervente, irritação da epiderme pelo emprego de substâncias irritantes como sal, soda caustica, traumas emocionais decorrentes de gritos histéricos de elementos do sexo frágil, etc.Naja Maria ainda me fez perceber uma certa inversão de prioridades na sociedade nossos dias. Como não tivesse captado sua idéia, ela me esclareceu, cantando um trechinho de uma canção de Eduardo Dusek, que diz: "conheci um garotinho que queria ter nascido pastor alemão". Contudo, deixa pra lá - o que é de gosto, regalo da vida. Fui. Au, Au..
Hugo Chavez, presidente da Venezuela, em poucas palavras resumiu o clima reinante em Copenhague: ele disse que se o clima fosse um banco, já teria sido salvo.. Nem precisa refletir muito, basta só lembrar o corre-corre que foi no ano passado, com a quebradeira dos bancos americanos. Os gringos apertaram os cintos, acenderam vela para Deus e o Demônio, dançaram o miúdinho, fizeram de tudo para salvar o sistema bancário. E não foi só lá - o dito Primeiro Mundo se mobilizou como nunca para garantir a grana em seus cofres fortes. E se a crise se repetir, farão o mesmo e muito mais, se necessário for. Como cantava Liza Minelli, em "Cabaré": "money makes the world go around" e não tem conversa, não, bugrada.
Porém, tratando-se do clima, o babado é outro e, no fundo, todos sabemos que é uma questão de grana. Todos farão tudo, desde que não tenha que desembolsar nadinha, desde que seus lucros e interesses não sejam afetados. Tem sido assim desde os tempos de Aristóteles, não sei porquê mudaria, agora. O assunto "saúde da Terra" somente será cogitado com seriedade, quando a água estiver batendo na bunda, e olhe lá. Ontem, fui ver o "2012". É uma recriação da Arca de Noé, com toques de modernidade. Os efeitos especiais são ótimos, a destruição de Los Ângeles é divina, quase entrei em transe. Contudo, na hora de escolher quem entra, quem fica de fora, é que é mostrada toda a pequenez e mesquinharia dessa raça, dita humana. Só os mais endinheirados se salvam. Para não deixar a coisa assim, tão nua e crua, um cientista faz um discurso, pró abertura da porta da arca. Todos ficam comovidos (coisa mais ridícula) e no final, a bugrada que estava out the Arca, consegue entrar e se salvar. Foi quando percebi que o filme tinha debandado para a ficção barata.
Eu ainda digo o que disse posts atrás - o ser humano tem uma vocação inata para o mal. É como um Midas, ao contrário. O que Midas tocava, se transformava em ouro. O que tocamos, se transforma numa coisa mole, amarela e mal cheirosa. Voltando ao filme - depois de mil e uma dificuldades, uma das arcas consegue se ajeitar no meio daqueles tsunamis gigantescos e seus passageiros são salvos. Podem, então, deixar a arca e repovoar a terra.E o filme termina, com a porta da arca se abrindo, e todo o mundo, com cara de beato, contemplando a nova terra. E eu pensando: "ai, meu Deus, vai começar tudo de novo" Razão tem minha amiga, Naja Maria. Na na hora "H", quando a coisa desandar, ela disse que vai botar um modelito de periguete, um par de óculos escuros de camelô, chinelinhos havaianas da hora, agarrar um negão grandão e gostosão e sair cantando:"é com esse que eu vou sambar até cair no chão". Fazer o quê, gente - a carne é fraca.