Quarta-feira, 17 de Fevereiro de 2010

DANDO UM TEMPO.

A partir de hoje e por tempo indeterminado, darei uma pausa nas atividades que tenho com esse blog. O motivo para tanto é que recebi a notícia de falecimento de uma pessoa muito querida - minha irmã mais velha. Necessito de um tempo, não sei quanto, para tentar entender o que houve, se é que possível compreender esse evento implacável a que chamamos de morte.

 

A vida é o tempo que resta entre dois acontecimentos - nosso nascimento e nossa morte. São dois eventos que ocorrem somente uma vez em nossas vidas e são definitvos e incomunicáveis. São experiências por que passamos sozinhos, não podemos compartilhar com ninguém. Nesse sentido, vejo com desdém essa tentativa dos humanos de querer prolongar a vida, indefinidamente. Prolongá-la para quê? Não estaria na morte o sentido para vida? Talvez fosse melhor que nos preocupássemos mais com nosso tipo de vida e não com seu prolongamento. Como disse Jesus, no Sermão na Montanha; "Olhai as aves do céu e contemplai os lírios do campo. Eles não fiam e nem tecem; no entanto, nem Salomão, no auge de sua glória, jamais se vestiu como um deles".

 

De minha irmã, nada há para ser dito. Para o mundo, era uma pessoa comum. Dela o que resta e restará será uma saudade intensa, um vazio cheio de lembranças alegres e tristes, de dúvidas e algumas certezas, de palavras inexplicáveis. Essa é a nossa vida, a contingência a que estamos submetidos, implacável e irrmediavelmente. Por hoje e por algum tempo é só...

sinto-me: triste, com saudades
publicado por cacá às 13:36
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COISAS QUE GOSTARÍAMOS DE SABER SOBRE O CARNAVAL

Como vocês já devem estar mortos de saber, entre o início de fevereiro e o início de março, acontece uma coisa no Brasil, que é chamada de Carnaval. Pela divulgação que é feita através de fotos, artigos em revistas especializadas ou não, vocês devem pensar que o país vira um puteiro, durante os três dias dedicados a Momo. Isso não corresponde à verdade. Tá certo, em qualquer ajuntamento de humanos, sempre houve e haverá alguém se esfregando em alguém. Sendo assim, no Carnaval, o esfrega-esfrega reinante não é muito diferente daqueles que acontecem em qualquer festa popular neste mundo. Também, as pessoas não saem correndo de casa, completamente nuas, pra cair na gandaia. Há um pouco de exagero nisso, se bem que há pessoas que conseguem prodígios, tal como, transformar a gravata do pai numa fantasia de gala. Claro que não usamos muita roupa - afinal, o Carnaval cai em pleno verão, que este ano está sendo terrível,. Dessa maneira, não dá para enfrentar um calor de quarenta graus ou mais, usando fantasias como aquelas usadas no carnaval de Veneza, por exemplo  Fazer isso, seria candidatar-se a ver Jesus antes da hora.

 

Até os meus 30, 35 anos, o carnaval no Brasil, era uma festa mais popular, as pessoas brincavam nos salões ou em blocos, nas ruas. Fantasiavam-se, dançavam feito loucas, pelo simples prazer de brincar, de se divertir. Essa coisa de escola de samba já existia, só que  não tinha essa dimensão comercial e gigantesca que tem hoje. Era uma coisa mais simples, mais dos cariocas mesmo, era o jeito deles brincarem o carnaval. Nas cidades pequenas, do interior, o tríduo de Momo era assim comemorado: carnaval de salão no domingo, segunda e terça  Nos bailes de clubes e salões, cantavam-se as famosas marchinhas ("ó jardineira, porque estas tão  triste", "você pensa que cachaça é agua", etc). Na terça-feira gorda, íamos pro centro da cidade, ver o desfile de carros alegóricos , fantasias e blocos, quando havia. Aliás, não sei porquê se diz terça-feira gorda. Todo o mundo pulava feito maluco, na quarta-feira, as pessoas estavam esqueléticas. O que era muito gostoso, é que no Carnaval havia uma espécie de trégua em relação aos costumes - quer dizer, você podia aprontar, fazer uma arte - tudo era levado na esportiva, ninguém se ofendia, pois afinal, era Carnaval. Claro, você não iria sair fantasiado pelas ruas, dando facadas nas pessoas, só porque era Carnaval. Havia limites para a transgressão.Então, todo o  mundo aproveitava.  Era um tal de sair às ruas  jogando lança-perfume, sangue-de-diabo, serpentina, confete nas pessoas, principalmente, mulheres e crianças. Uns, mais atrevidinhos davam sustos em amigos e conhecidos, enfim, era uma arrelia só, nas ruas e nos salões. Parece que esse hábito, foi presente de nossos colonizadores portugueses, que, no  Brasil, introduziram uma festa deles, chamada de Entrudo. Só que no tal do Entrudo, a barra era mais pesada - jogavam ovos podres, água suja, etc. Quando chegava a quarta-feira, a folia acabava, todo o mundo ia para a igreja tomar cinzas e entrar no período duro da Quaresma.

 

Chegaram os anos 1970 e com eles, a mudança. As grandes gravadoras nacionais e estrangeiras, viram no carnaval do Rio de Janeiro, uma oportunidade de lucrar e muito. E começaram a investir no carnaval carioca, cada vez. Após alguns anos de pesados investimentos, o resultado é esse - o carnaval do Rio de Janeiro, aquele que é formado pelo desfile das escolas de samba, se impôs como padrão para uma boa parte do país. A maioria das cidades grandes ou medias tem o seu desfile de escolas de samba, à la Rio de Janeiro.O carnaval dos clubes, dos salões, das marchinhas ainda resiste, se bem que,coitadinho, está tão fragilizado. Contudo, resiste bravamente, isso é o que importa.

 

Bem, eu fiz essa longa introdução, esse imenso lero-lero pelo seguinte: fala-se muito do carnaval, de seus lucros, de seu luxo. Contudo, eu e minhas amigas Vera Coral e Naja Maria, gostaríamos de saber outras coisinhas sobre o carnaval, coisinhas essas que ninguém comenta. Dessa forma, considerando-se o carnaval do país inteiro, gostaríamos de saber, por exemplo:

- a quantidade de camisinhas (preservativos) utilizadas pelos foliões.

- o quê poderia ser feito com a quantidade de líquidos emitidos em forma de xixi, cuspidas, suor e vômito (eco), por todos os foliões. Seria possível encher metade da Baia de Guanabara?

- qual a área atingida pela quantidade de fotos de peitos e bundas femininas, que os repórteres que cobrem o evento, costumam clicar.

- qual é a quilometragem atingida por todos os foliões das escolas de samba e dos bailes de clubes e salões. Se somada a distância que cada um percorre a noite toda, na brincadeira, daria pra ir da Terra a Marte, por exemplo.?

- quantidade de crianças que se perdem no meio do ziriguidum (desfile das escolas, bailes nos clubes e salões)

- qual seria o resultado da soma de idade de cada uma das componentes da Ala das Baianas, de todas as escolas de samba,

- finalmente, o que quer dizer "pega no ganzê, pega no ganzá"?

 

 

sinto-me:
publicado por cacá às 02:11
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Sexta-feira, 12 de Fevereiro de 2010

CENAS URBANAS

Era tão magrinha, tão magrinha que costumava faturar algum oferecendo-se como página viva para aulas de anatomia. Morreu de plaft - certa manhã, saindo do metrô Consolação, uma pombinha vagabunda que por ali voava, não perdeu tempo e plaft - cagou bem cima do cocoruto da pobrezinha. Não deixou bens, pois dela não restou nem um ossinho.

sinto-me:
publicado por cacá às 10:11
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Terça-feira, 9 de Fevereiro de 2010

REFLEXÕES SOBRE O XIXI

Agora é pra valer - a prefeitura do Rio de Janeiro vai punir quem fizer xixi nas ruas da cidade. O projeto de lei aprovado prevê multa de mais de 100 reais para o mijão ou mijona que for pego expondo despudoramente sua genitália, regando e "perfumando" as calçadas com os líquidos que o seu organismo rejeitou.

 

A multa parece ser variável, o que leva a pensar na possibilidade de que ela seja proporcional ao dano causado. O dano pode estar ligado ao constrangimento que é dobrar uma esquina e ver um marmanjo ou marmanja se aliviando. Nesse gênero, as "coisas" que vemos, são inacreditáveis - tamanhos, formas, texturas, cores. Será que o legislador criou a figura do "dano potencial" , ou seja, ligar o valor da multa ao tamanho do equipamento do infrator/infratora? Por fim, há que se considerar que o dano está relacionado à quantidade de material despejado pelo mijão ou mijona - alguns despejam apenas gotinhas que mal se percebem. Outros, pelo contrário, despejam litros, trazendo para calçadas e ruas aquele cheirinho característico de amoníaco ou água sanitária.

 

Como a lei é pra valer mesmo, no último final de semana, a polícia carioca prendeu vários foliões, que deixando o batuque dos blocos, saiam de fininho, e faziam pipi no primeiro cantinho, tronco de árvore ou banca de jornal que encontravam. A imprensa entrevistou alguns mijões e mijonas detidos e todos foram unânimes - mijavam ao ar live, expunham sua genitália de forma obscena porque não havia um banheiro químico nas redondezas. A prefeitura contra ataca informando que há milhares de banheiros químicos instalados pelas ruas e praças.

 

Independente dessa lenga-lenga, desse nhenhenê, os envolvidos, povo e governo, poderiam refletir sobre alguns aspectos da questão. Assim, as autoridades públicas poderiam tomar medidas para aproveitar melhor o uso do xixi e prevenir a miccão fora do domicílio. Dessa maneira, sendo, algumas dessas medidas poderiam ser incrementadas:

a - criar PONTOS DE COLETA, além dos banheiros químicos -ao sair de casa, o cidadão passaria em qualquer banca de jornal, casa lotérica, agência bancária ou supermercado e pegaria gratuitamente, um saco coletor, feito de material reciclável.Nele, o xixi seria depositado, quando fosse necessário. O próprio cidadão, quando sua rotina diária o permitisse, se encarregaria de levar o saco com o xixi, a um posto de coleta do serviço público de saúde. Bancas de jornal, agências bancárias, casas lotéricas, padarias, supermercados, estações do metrô participariam dessa rede, prestando nobre serviço à população e ao ambiente.

b - incentivar a URINOTERAPIA Como sabemos, há pessoas que tomam a própria urina, como maneira de fortalecer o sistema imunológico e garantir uma vida saudável por mais tempo. Pensando nisso, as autoridades sanitárias, criariam uma campanha nacional de incentivo a essa terapia, com frases do tipo "JÁ TOMOU O SEU XIXI HOJE?", "XIXI, APRECIE SEM MODERAÇÃO".

c - desenvolver o conceito de MIJÃO RESPONSÁVEL, através do uso de adesivos e faixas, colocados em carros e ruas, contendo frases do tipo: MIJO, COM RESPONSABILIDADE", "NÃO ACHEI MINHA RITINHA NO LIXO. XIXI, SÓ NA CASINHA", "SOU MIJÃO CONSCIENTE"

d - promover o COLETOR DE USO CONTÍNUO, como aqueles que são utilizados por pessoas que não conseguem controlar a vontade de fazer xixi. Esse coletor seria mantido junto ao corpo do cidadão, usado e esvaziado quando ele bem entendesse. Como a rotina da vida diária cria situações inesperadas, seria bom esvaziar o coletor antes de usar o transporte público. Já pensou, num vagão superlotado do metrô, você toma um apertão que arrebenta o seu coletor? O barraco  será inevitável.

e - por fim, incentivar a DOAÇÃO DO XIXI , o quê além de ser um ato solidário, muito contribuiria para o ambiente. Pode parecer esquisito fazer doação de xixi, quem poderia se interessar por isso? Essas indagações revelam pouco conhecimento da alma humana. Por exemplo : há clubes de sado-masoquismo, onde uma das práticas favoritas é receber/proporcionar uma boa mijada no seu parceiro de folguedo. Há muito tempo esses clubes se queixam da falta de matéria prima. Dessa forma, que tal oferecer o seu xixi, reciclar esse ouro líquido que a natureza lhe proporcionou, oferecendo-o para aquelas pobres almas, que nada mais desejam que um simples e bom banho dourado? Enfim, idéias é o que não falta. Além disso, os ambientalistas volta e meia dizem que a água vai acabar. Que tal refletir sobre essa verdade e começar a guardar desde já?

 

 

 

 

 

sinto-me:
publicado por cacá às 01:38
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Segunda-feira, 8 de Fevereiro de 2010

MOMENTO PINK

A palavra GARI vem de Aleixo Gari, nome de um antigo empresário, ligado à limpeza pública, no Rio de Janeiro. Daí, passou a denominar também os trabalhadores que fazem a coleta do lixo. Já a palavra MARGARIDA, cuja origem eu não sei, faz referência às trabalhadoras da limpeza pública, que fazem o serviço de varrição das ruas. Foram lembradas no famoso samba de Adoniran Barbosa, "Triste Margarida". Qualquer dia, registrarei nesse blog a letra do sambinha. é um verdadeiro primor.  Desconheço qual é o nome que se dá para os homens que fazem varrição de ruas. Sei que não é margarido e muito menos cravo ou omo, rinso, parquetino, minervino, etc.

ESCULHAMBAÇÃO vem do latim popular EX ( fora) e COLEONE (culhão), significando o ato de expor à genitália. Com o passar dos tempos, passou a designar rebaixamento, desordem, confusão. Diga-se de passagem que há muitos humanos de ambos os sexos que adoram o contato bem íntimo com a genitália esculhambada de seu parceiro/parceira. E pesquisas mostram que tais pessoas não se sentem rebaixadas, confusas ou sem direção.

RAMEIRA - mistura de RAMO com o sufixo EIRA. Em Portugal é sinônimo de prostituta, porque assim era chamada a mulher de baixos costumes que frequentava a tabernas que ostentavam um ramo pendurado à porta de entrada. Até hoje, as rameiras costumam dar diversos frutos, a maioria deles pouco apetecíveis ou recomendáveis. Se tivesse persistido o hábito de pendurar o ramo nos locais frequentados por pessoas de costumes duvidosos partes consideráveis das grandes metrópoles do mundo, se transformariam em verdadeiros bosques. O Congresso Nacional seria uma sucursal da floresta amazônica.

NICOTINA - foi assim denominada em homenagem a João de Nicot, , que no século XVI foi embaixador de Catarina de Médicis, além de filólogo. E já que estamos nesse assunto, a palavra TABACO, recebe esse nome por causa de sua procedência, as ilhas Tobago, nas Antilhas.

PEDIGRI - vem de grou, uma ave pernalta. Do francês "pied de grue", entrou para o inglês  e nesse idioma se transformou em PEDIGREE, gerando PEDIGRI, em português. Seu uso para indicar a linhagem de animais, se deve ao fato de que, na Inglaterra, as mudanças nos graus de uma árvore genealógica eram indicadas por traços que lembravam as patas de um grou - pied de grue"

Por hoje é só - espero que aproveitem bem os  conhecimentos ofertados. Havendo oportunidade e vontade, fornecerei mais. Eles podem ser empregados nos mais diversos momentos de nossa vida, como por exemplo, festas de aniversário, casamento, batizado, bate-papo com amigos, sala de espera de médico ou dentista, Se quiserem, também poderão a eles se referir em outros eventos, como, velórios, fila do açougue, do banco ou do mercado, durante a execução do papa nicolau ou exame de toque de próstata, na mesa de operação ou sala de parto. O saber não tem local ou hora.

 

 

 

 

 

sinto-me:
publicado por cacá às 02:37
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Terça-feira, 2 de Fevereiro de 2010

CERTA TARDE, NO PARAISO...

... Adão estava dando um rolê, para espairecer um pouco. Eva tava um pé no saco, queria porque queria uma folha de uva nova. Adão, tava peladão, claro. Nisso, encontrou um elefante, vindo em sua direção. Assim que o bichão se aproximou, mediu Adão de alto a baixo. E disse-lhe: " ô, coisinha fofa, achei esse seu negocinho, uma gracinha. Agora me diga, dá pra respirar por ele?"  (sair de cena rapidamente, antes que a platéia comece a arremesar o que estiver ao alcance das mãos)

sinto-me:
publicado por cacá às 00:49
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