Como a maioria dos mortais já sabe, o Brasil é um dos campeões em cirurgias plásticas. Parece que perde somente para os Estados Unidos. O artigo que li a respeito não fazia distinção entre cirurgias plásticas de reparação e aquelas realizadas por necessidade estética, por vaidade, diga-se logo de uma vez. No entanto, como estamos cansados de saber, em nome da eterna juventude, beleza e formosura, os humanos deste século, dos passados e dos vindouros cometem ou cometerão todo o tipo desatino. Haja a vista que humanos dos dois sexos, depois de esticarem e puxarem sua camada de epiderme inúmeras vezes, ficam com a boca parecida com boca de peixe de áquario. Isso, sem mencionar, aqueles e aquelas que ao sorrir lembram éguas que, no interior deste país, puxavam e puxam charretes. Você, caríssimo leitor, pode ter uma remota idéia do que isso significa olhando para a ilustração deste post.
Bem, isso me veio à cachola apenas como introdução à notícia de que a senhora Ângela Bismarck é a campeã de cirurgias plásticas no Brasil. Na notícia em questão, dona Ângela aparece com o corpo enxutérrimo, exibindo sua venusiana plástica numa das praias badaladas do Rio de Janeiro. A propósito, dizem os mais críticos que a capital da República dos Camarões deveria ser o Rio de Janeiro. Não entendeu? Bem, então a tia explica - como se sabe o camarão é um bicho marinho do qual o corpo se aproveita, mas a cabeça ... essa não tem jeito!
Voltando à dona Ângela , fico pensando que parte de seu corpo ainda permanece intocada - seria a palma da mão, a planta do pé, a menina dos olhos ou ...? Aos adeptos deste puxa-e-estica é sempre bom lembrar que nosso tecido epitelial é um contínuo. Assim sendo, as mudanças promovidas num determinado ponto, afetam os pontos que lhe são adjacentes. Não entendeu? Bem, digamos que quando você estica demais uma parte, tudo o que está abaixo dela, costuma subir um pouco. A ficha ainda não caiu? Sendo assim, só me resta recordar aquela estória, que percorre este país há décadas e que se refere a uma respeitável e vetusta senhora, de mui distinta e opulenta classe social. As crônicas da época destacavam que, após realizar inúmeras plásticas, começou a ocorrer um fato muito estranho e pitoresco - toda vez que essa distinta dama sorria, seu queixo era ornamentado por um inexplicável e esquisito cavanhaque. Era o caso de se perguntar: e agora Pitangui? .