Quarta-feira, 22 de Abril de 2009

FINAL DE FERIADÃO

        Fui ver "Valsa com Bashir". Pra quem não sabe, o filme trata do massacre de palestinos nos campos de refugiados de Sabra e Shatila, ocorrido em setembro de 1982. Em minha memória, ficou o registro de que tal massacre fora perpetrado pelas tropas de Israel. Mas não foi. O massacre foi levado a cabo pelos homens da Falange Cristã Libanesa. Contudo, a falange conseguiu entrar nos campos de refugiados com a conivência de Israel que tudo viu e ouviu e nada vez para evitar essa carnificina (as vítimas seriam palestinos). Israel não matou, colaborou, não sei o que é pior.Sei que Sabra tornou um bairro de Beirute e Shatila ainda ocupa o status de campo de refugiados. Atualmente tem uma população de mais ou menos 8 mil deles, muitos dos quais sobreviventes daquela carnificina executa pela Falange com as vistas grossas de Ariel Sharon.

        Mudando de asssunto, em minha caixa de correio, recebo muitas animações, aliás, só recebo essas animações, dessas com slides, tratando dos mais variados assuntos - desde o cuidado com animais de estimação até a cura do câncer e da Aids, passando por lumbago e espinhela caida. Dia desses, recebi uma falando das supostas pretensões de celebridades. Duas dessas celebridades me chamaram a atenção, não pelo fato de serem celebridades, mas pelo fato de minha memória reter elas por mais de quatro segundos. Uma delas é a Adriane Galisteu e a outra é a Bety Faria.

        A Adriane Galisteu, bem...sua vida de celebridade iniciou quando se tornou nacionalmente conhecida como a namoradinha do Ayrton Senna. Após a morte dele, ela lançou um livro. Seus passos foram orientados por uma incubadora de celebridades, cujo nome não me lembro. Bem, a Adriane fez tudo direitinho e deu no que deu - virou celebridade. Foi parar na tevê e nela ainda continua, se bem que não no mesmo canal. Muitos famosos passaram pelas suas mãos, quer como maridos, quer como simples flertes. Um dos últimos é um guapo deputado federal que está tendo dificuldades em justificar a passagem de avião que pagou para ela, valendo-se de recursos públicos. A impressão que ela me causa não é muito boa, não. Ao contrário de muitos, não acho que ela seja talentosa, explico melhor, o talento que ela tem é para se transformar no que se transformou - uma celebridade (ver abaixo). Na tevê ela me parece muito artificial, riso forçado, fingindo algo que não sente. Além disso, seu porte é meio desengonçado, nada lhe fica bem - roupa, penteado, adereços. Agora, o que me chama mais a atenção é sua busca por fama e dinheiro. Meu Deus, parece que ela só vive para isso. Como vai ser quando ficar mais velha?


        A Bety Faria é outra que não me agrada. Ela aparece nos palcos e nas telas há mais de trinta anos. Acho ela uma atriz sem tempero, como dizem por aí. Vi poucos filmes com ela - A
Estrela Sobe, Bye Bye Brasil e o Romance da Empregada. Quanto às novelas me lembro de uma com Francisco Cuoco. Não me perguntem o nome, esqueci. Seja como for - o rosto dela é sempre do mesmo jeito, sem passar emoção. Acho que a Bety não leva jeito para a arte de representar. Parece que ela tem uma espécie de paralisia na região abrangida pelo nariz e olhos que não deixa emoção ou sentimento algum transparecer. E a voz - a voz da Bety Faria é horrível.  Parece que ela está sempre com a boca seca, cheia de areia. Tente você falar após ter comido uma caqui ou uma manga verde, num dia quente. Você terá a sensação de estar com a boca cheia de pena de galinha e isso vai dar uma aflição terrível. Pois é - essa é a aflicação que sinto quando ouço a voz da Bety Faria.

        Bem, por aqui fico. Antes que perguntem, já vou respondendo que a relação entre o massacre de Sabra e Shatila, Adriane Galisteu e Bety Faria é uma só -  são três coisas de que não me agradam. E chega....

a próposito das celebridades - sou do tempo em que toda a cueca e calcinha eram brancas e tinham uma só finalidade - evitar o contágio de nossas partes pudendas com elementos nocivos do ambiente. Pois bem - naquela época,uma pessoa se tornava célebre porque tinha feito algo notável, seja na forma seja no conteúdo. Na contabilidade entre o Bem e o Mal, as celebridades assim o eram por terem feito algo positivo para si e seus semelhantes. Descobrir a cura para uma doença, destacar-se num esporte, ou então nas Artes eram formas de se tornar celebridade. Hoje em dia, leio que Paris Hilton é famosa - todo o mundo acredita, no entanto, ninguém sabe dizer porquê. Só se for pelo fato de eambular o tempo todo sem calcinhas. Sinceramente, não vejo mérito nisto - a nossa Pequena Notável (Carmen Miranda) andou à vontade em Hollywood,durante muito tempo. Graças a si mesma, ficou famosa por sua voz, seu talento para o canto e a dança, sua vida de mulher independente e apaixonada pelo Viver e pela Arte. A diferença entre e a Carmen e a Paris é que para a Carmen o sucesso e a fama não precisaram da calcinha.

       
       

        

sinto-me: Juju com Balangandãs
publicado por cacá às 04:28
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