Nem bem o ano chega na metade e lá se vai mais um famoso. Desta vez, sobrou pro pessoal da agulha e da tesoura. Morreu Yves Saint Laurent - YSL - as famosas três iniciais, nunca vi coisa tão ou mais famosa e elegante, pois o logotipo que compunham era um charme. Fiquei sabendo da existência dele até que vi o filme "La Belle de Jour", onde o guarda-roupa que a Catherine Deneuve usava tinha a assinatura dele. Ah...aqueles tubinhos tão famosos. Isso foi no final da década de 60. Acho que foi em 68,ano encantado, no entanto, não tenho certeza.
Li um pouco da biografia dele, em resenhas bem resumidas, na internet. Era argelino, jovem ainda foi para Paris e de lá conquistou o mundo. Fazia um ano que lutava contra um tumor no cérebro. Revolucionou a moda, deixou a mulher mais livre e solta, acabou com a cinturinha de vespa, etc. Como não sou especialista, só me restou concordar. De moda, só consigo fazer barra nas calças, pregar botão, diferenciar um cinto de uma cinta, saber que homens abotoam a camisa e colocam o cinto de modo diferente que as mulheres fazem com suas cintas e blusas. Será que essas diferenças ainda existem nesse mundo de releituras e reinterpretações? De onde estás, responda-me, Saint Laurent!
Em todo o caso, foi mais um ícone do século vinte que se foi. Talvez, lá do outro lado, esteja a imaginar, em conjunto com outros e outras que o precederam, modelitos para o dia do juízo final, que parece, será a próxima e última aparição do criador e sua corte. Um vestido trapézio para Nossa Senhora, um tubinho preto para Maria Madalena, um bermudão para Jesus, novas cores para a cauda do Espírito Santo e a barba do Pai Eterno. Lúcifer, deve estar se roendo de inveja.