Domingo, 3 de Maio de 2009

EU TE AMO, GRAN TORINO

    Semana passado fui ver " Gran Torino", do ator e diretor Clint Eastwoodd. Dele, vi poucos filmes - do período "bang-bang" não me lembro de ter visto nenhum. Mais recentemente, vi uns três: o primeiro deles é sobre um caubói decadente, que se questionava sobre seu próprio destino. Tempos depois vi "Menina de Ouro, filme que me comoveu muito. Durante muito tempo, irei me lembrar da cena em que ela diz que queria morrer antes que a recordação dos aplausos emudecesse. Sai com um nó na garganta que demorou dias para se desfazer.

        No "Gran Torino", ele faz o papel de um ex-combatente da Guerra da Coréia, marcado por uma profunda dor, pelas vidas que ele mesmo encerrou naquele conflito em que os Estados Unidos se meteram, pra variar. Não sai de sua memória a figura de um soldado coreano, que a um pedido de rendição, tem como resposta uma saraivada de balas. Com o final da guerra, vai morar no meio-oeste americano, numa cidade que é invadida por imigrantes do sudeste asiático, depois da Guerra do Vietnã. Põe castigo nisso. Não contarei o filme, pois afinal é uma não vê-lo.      

        Há um traço comum nesses três filmes: em todos eles, o herói é uma pessoa castigada pelas agruras dessa existência. Por isso, fecha-se e se aninha dentro de um abrigo emocional resistente à qualquer tipo de apelo, contato ou troca. Se isola e como um ermitão, sozinho expia suas culpas, sozinho suporta o fardo dessa existência. No entanto, essa misantropia oculta um ser apegaddo a seus valores, em constante embate com essa banalização da existência tão em moda nesses nossos tempos pós modernos. O herói do Gran Torino é um ser pleno de humanisno, não do humanismo politicamente correto, mas daquele humanismo que faz ver um pedaço de você em todos os que te cercam não importa quem eles sejam. Quanto ao resto, bem - veja o filme, antes que saia do cartaz.

        Também, na semana passada, vi "Eu Te Amo, Cara". Uma comédia romântica, segundo os cadernos de lazer e diversão dos jornais. E é mesmo. A estória é simples - rapaz bom caráter vai casar. De repente, descobre que precisa de um padrinho de casamento. Porém, como conseguir se não possui amigos do sexo masculino? E ai, começa toda a confusão. O jovem consegue um amigo que precisa e, quer seja pela novidade, quer seja pela vontade de não perder a recente e muito últil conquista, cria-se entre eles uma amizade que em muitos dos momentos mais parece um caso amoroso. A noiva fica morrendo de ciúme, mas, no final tudo se esclarece e o casal de pombinhos será feliz para sempre. Happy end, claro, pois se não o fosse não seria uma comédia romântica. Ah - o padrinho também se ajeita no final - claro, pois se assim não o fosse não seria uma comédia romântica.

        O divertido no filme é a completa inversão que se estabelece - o jovem casadouro é hétero convicto. Contudo, tem comportamentos que são atribuídos a uma parcela considerável de gays - é o filho que está mais próximo da mãe, só tem amizades com mulheres, conhece tudo ou quase tudo de cozinha, vinhos, arte, cinema, é atencioso e gentil com as mulheres e é romântico. Seu irmão, que no filme é um homossexual assumido, é a sua antítese - vive rodeado de homens, pratica esportes, é um dos melhores amigos do pai, só vai a cozinha para comer e pegar cerveja na geladeira, não gosta de filmes de arte e nunca ouviu falar da Mona Lisa. E o que é cômico - é justamente a ele que o irmão recorre a fim de saber de algumas dicas sobre como conquistar um amigo do mesmo sexo.

        O filme tem um bom rítmo, produção cuidada. O que ficou faltando foi uma exploração e um aprofundamento maior da situação vivida pelo jovem casadouro. A  situação vivida por ele, sua noiva e o futuro padrinho ficou restrita a eles mesmos. O grupo de amigas da noiva é o único que faz algumas referências superficiais, sobre a situação vivida pelo noivo. É como se os três vivessem isolados numa ilha. O ciúme da noiva teve pouco destaque, dando a impressão de que foi só para constar.  Se o diretor tivesse abordado outros grupos como os do trabalho, dos vizinhos, dos  parentes, etc talvez pudessem surgir algumas situações que dariam um tempero mais picante ao filme. Como está, está bom, no entanto, muito sem sal. Ninguém é perfeito.

   

sinto-me: turim, turim, torino
publicado por cacá às 00:15
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Sábado, 28 de Abril de 2007

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Para as pessoas que me conhecem, não é segredo que eu saio com garotos de programa ou michês, quando o assunto em questã...

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