Semana passada, uma colega de trabalho, em licença maternidade, resolveu levar seu pimpolho para conhecer os colegas da mãe, bem como a ambiente onde ela passará uns bons 20 ou 30 anos de sua vida. O menino, recém-nascido de alguns meses, parece não ter gostado muito da idéia. Assim que mãe e filho entraram foi aquele alvoroço:entre risinhos e votos de boa vinda, as colegas saudaram recém genitora e, em seguida, atiraram-se na direção do menino. "Ai, que bonitinho, que coisinha fofa, que gracinha, forte não é?, pra quem ele puxou?, ele dá muito trabalho à noite?, mama bastante?" eram ouvidas aqui e ali, no meio de gritinhos e risinhos beirando à histeria.
O esbelto infante, pouco afeito à essas demonstrações de afeto e, talvez acometido por uma crise de profunda irritabilidade com uma pequena dose de pânico, destapou um berreiro de milhares de decibéis. Mãe e avó foram incapazes de fazer aquela miniatura humana fechar a boca. Por fim, vencidas e desiludidas foram para a casa, que afinal de contas, é o melhor lugar para um recém-nascido. Chateadas e constrangidas prometeram voltar numa outra oportuniddade, quando a criança estivesse menos suscetível a esse tipo de assédio feminino.
Deveria haver uma ongue, ou então, associação ou grupo que cuidasse do bem estar dos recém-nascidos, estabelecendo medidas para evitar que esses pobrezinhos fossem expostos à situações tão extremas. E claro, que punisse severamente esse tipo de mãe que, em nome sei lá do quê, coloca seus pimpolhos em contato com um bando de gralhas barulhentas. Ah, esse instinto materno...
Maio - mês de Maria, mês da mães, mês das noivas. Sinto, mas não poderia deixar que escapasse essa oportunidade de ouro...
Acho que seria essa um dos possíveis significados da palavra capricórnio. Como quase todo o mundo sabe, capricórnio é u...